Redes e parcerias

Com o objetivo de divulgar e tornar acessível o seu património, o Arquivo de Ciência e Tecnologia tem vindo a estabelecer parcerias e a colaborar em redes com outras instituições.

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Rede Internacional de Arquivos Científicos / International Network of Scientific Archives

O património arquivístico ligado à história e à preservação da memória da Ciência é atualmente produzido por um leque diversificado de instituições que desenvolvem investigação científica ou que exercem um conjunto de atividades relacionadas com a prática científica como a gestão, o planeamento, o aconselhamento, o financiamento, entre outras.

A Rede propõe-se ser um espaço de reflexão e de partilha de informação, que potencie o estudo e a identificação, o tratamento e o acesso a recursos arquivísticos relacionados com a História e a Memória da Ciência e um lugar a partir do qual se possa discutir e trabalhar alguns temas, tais como:

  • Importância da preservação documental para a construção presente e futura das memórias da ciência
  • Organização dos arquivos científicos, nomeadamente em questões de avaliação e descrição
  • Mecanismos para a identificação dos produtores e/ou custodiares de património documental científico, relevante para o estudo da História e Memória da Ciência
  • Estratégias para a divulgação dos arquivos científicos e para a sua disponibilização nos circuitos de investigação nacionais e internacionais

Estes recursos arquivísticos foram e/ou são produzidos por uma miríade diversificada de instituições, públicas mas também privadas, por laboratórios e unidades de investigação, órgãos consultivos, agências de financiamento, empresas, sociedades e associações científicas, entre outras; não esquecendo, evidentemente, o papel central e fulcral dos arquivos produzidos por investigadores e cientistas que, muitas vezes, se confundem e/ou misturam com os arquivos das instituições por onde foram passando.

Consideramos, pois, estar perante arquivos produzidos por entidades colectivas e singulares que se dedicaram e/ou dedicam a atividades de investigação científica, ou a um conjunto de atividades relacionadas com a prática científica como o planeamento, o aconselhamento, o financiamento e a coordenação da investigação ou a cooperação internacional, entre outras, na área da Ciência.

Neste âmbito, são objetivos da Rede Internacional de Arquivos Científicos:

  • Identificar e registar arquivos científicos, face à inexistência de dados específicos sobre o seu universo: quais são? quantos são? onde se encontram? em que estado?
  • Apoiar e incentivar acções de organização e tratamento de arquivos científicos
  • Criar uma plataforma comum, que possibilite o diálogo e a cooperação, não só entre profissionais e técnicos responsáveis pela guarda e tratamento destes arquivos, mas, entre estes e a comunidade de investigadores
  • Promover reuniões de trabalho e eventos científicos, no âmbito de atuação da Rede
  • Contribuir para o conhecimento da História e Cultura Científicas

Para a concretização dos objetivos a que a Rede se propõe, considera-se fulcral a criação de uma plataforma digital colaborativa, infraestrutura de partilha e divulgação, a partir da qual se possa aceder a informação sobre os recursos arquivísticos disponíveis, sobre as entidades produtoras e/ou detentoras desses recursos, e que sirva também como espaço de diálogo e de discussão sobre temas e assuntos afins.

Este projeto apenas é exequível se juntarmos e partilharmos esforços. Os conhecimentos e experiências, nomeadamente das instituições que têm à sua guarda acervos deste tipo e que, com mais ou menos recursos, têm procurado organizá-los e disponibilizá-los à comunidade, são fundamentais para a criação da Rede Internacional de Arquivos Científicos.

 

Rede Portuguesa de Arquivos

A Rede Portuguesa de Arquivos é um projeto da Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas (DGLAB) e visa promover a qualidade dos arquivos enquanto recurso fundamental para o exercício da atividade administrativa, de prova ou de informação visando a sua eficiência e eficácia, nomeadamente no que se refere às suas relações com os cidadãos. Expectável também é a promoção da comunicação entre as entidades e o acesso integrado à informação.

Esta Rede alarga-se ao cidadão europeu, através da sua articulação com outras redes internacionais, como a Europeana ou a APEX.

O Arquivo de Ciência e a Tecnologia (ACT) é, desde Dezembro 2011, aderente da Rede Portuguesa de Arquivos (RPA), canal que proporciona a partilha, também por essa via, da missão de divulgação do património arquivístico, tornando-o acessível ao cidadão, num âmbito nacional e internacional.

A documentação de arquivo à guarda da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) não corresponde a um fundo ou arquivo, mas a um grupo de arquivos ou, se quisermos ser mais rigorosos, a um grupo de arquivos e de partes de arquivos. O denominador comum da documentação existente nos depósitos da FCT está na atividade documentada, a promoção, o financiamento e o acompanhamento da investigação científica e tecnológica em Portugal, levada a cabo pela FCT e pela sua antecessora, e por um conjunto de entidades públicas com atribuições específicas, entretanto extintas.

A descrição e inventariação da documentação de conservação permanente é feita em aplicação normalizada DigitArq, sistema que cumpre as normas de descrição nacionais e internacionais de descrição arquivística e de disponibilização de informação.

O desenvolvimento de um sistema de arquivo na FCT e a disponibilização da informação em acesso livre representam as condições base para integração na RPA.

A integração na Rede concretizou-se com a assinatura de um Acordo de Adesão com a Direção-Geral dos Arquivos (atual Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas – DGLAB), órgão coordenador da RPA.


Protocolos

Outubro de 2014