Arquivos

O Arquivo  de Ciência e Tecnologia (ACT) da Fundação para a Ciência e a Tecnologia disponibiliza um conjunto significativo de fundos relacionados com a promoção, o financiamento e o acompanhamento da investigação científica e tecnológica em Portugal, na segunda metade do século XX. O ACT tem também integrado e disponibilizado arquivos de cientistas e investigadores e de outras personalidades ligadas à investigação científica, em Portugal.





Arquivo da Junta de Energia Nuclear

Uma parte significativa do Arquivo da Junta de Energia Nuclear (JEN) diz respeito a processos de cooperação internacional, quer com vários países, quer com algumas organizações internacionais, como por exemplo, a Agência Internacional de Energia Atómica e o Comité de Direção da Energia Nuclear da Organização Europeia de Cooperação Económica. Destacam-se, também, a existência de processos sobre visitas realizadas a outras entidades congéneres, bem como a participação em eventos internacionais.
A JEN foi o organismo público que existiu entre 1954 e 1979, que tinha por missão ampliar e desenvolver as atividades de pesquisa e de exploração de minérios radioativos e, também, manter e fomentar o intercâmbio com serviços e organismos internacionais.

Arquivo do Instituto Nacional de Investigação Industrial

Em 2015, foi integrado no Arquivo de Ciência e Tecnologia o arquivo do Instituto Nacional de Investigação Industrial (INII). Contabilizando mais de sete centenas de pastas e livros, a documentação deste arquivo espelha a atividade desenvolvida pelo INII no apoio e na promoção da investigação industrial. O Instituto Nacional de Investigação Industrial foi criado em 1959, na Secretaria de Estado da Indústria, tendo por missão “promover, auxiliar e coordenar a investigação e assistência” que interessassem “ao aperfeiçoamento e desenvolvimento industriais do País”. Em 1979 foi extinto, tendo-lhe sucedido o Laboratório Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial (LNETI).

Arquivo da Comissão INVOTAN

Do Arquivo da Comissão INVOTAN destacam-se os processos de bolsas financiadas, existindo também documentação relativa ao acompanhamento e gestão dos vários programas de apoio no âmbito da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN/NATO). Criada em 1959, na dependência da Presidência do Conselho, a Comissão INVOTAN tinha por objetivo coordenar e apoiar as atividades científicas nacionais realizadas no âmbito da OTAN /NATO.

Ao longo das décadas, a Comissão passou por várias instituições: entre 1970 e 1997, funcionou na Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica; entre 1997 e 2003, no Instituto de Cooperação Científica e Tecnológica Internacional; entre 2003 e 2007, no Gabinete de Relações Internacionais da Ciência e Ensino Superior; e, por fim, desde 2007, está na Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Arquivo da Comissão Cultural Luso-Americana – Comissão Fulbright

O Arquivo da Comissão Fulbright é constituído por documentação relativa à gestão do Programa Fulbright em Portugal, desde os seus inícios, em 1960. Destacam-se os processos de bolsas atribuídas a estudantes, investigadores e professores, portugueses e norte-americanos, bem como as atas das reuniões do Conselho Diretivo.
A Comissão Cultural Luso-Americana – Comissão Fulbright foi criada em 1960 por acordo diplomático entre o Governo Português e o Governo dos Estados Unidos da América e tem por missão a administração do Programa Fulbright, em Portugal.

Arquivo da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica

Uma parte significativa do Arquivo da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT) reporta-se a processos de financiamento de projetos, de bolsas, de unidades de investigação e de equipamento científico. Contém, também, documentação relativa à implementação de políticas e estratégias científicas em Portugal e à cooperação internacional na área da ciência e tecnologia.
A JNICT, criada em 1967, foi durante três décadas, o organismo público responsável pelo planeamento, coordenação e financiamento da investigação científica e tecnológica no território nacional. Aquando da sua extinção, em 1997, uma parte substancial do seu arquivo foi herdado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Arquivo do Instituto Nacional de Investigação Científica

O financiamento da investigação científica realizada no quadro universitário, entre os anos setenta e o início de noventa do século passado, encontra-se documentado no Arquivo do Instituto Nacional de Investigação Científica (INIC), composto pelos processos dos centros de investigação existentes nas várias universidades, os processos de bolseiros e os processos de intercâmbio científico.
O INIC existiu entre 1976 e 1992, e tinha por missão contribuir para o fomento da investigação científica num quadro universitário, através dos centros de investigação. Aquando da extinção do INIC, uma parte das suas atribuições, e todo o seu arquivo central, transitaram para a Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica.

Arquivo do Gabinete de Gestão do PRAXIS XXI

O Arquivo do Gabinete de Gestão do PRAXIS XXI inclui documentação relativa ao acompanhamento e gestão do Subprograma Ciência e Tecnologia (PRAXIS XXI), documentação sobre o relacionamento com as entidades responsáveis pela gestão técnica e administrativa das várias medidas e ações desta Intervenção Operacional, documentação relativa à elaboração e acompanhamento de vários programas de financiamento e alguns processos de apoio.
O Arquivo do Gabinete de Gestão do PRAXIS XXI foi herdado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, em 2001. O Gabinete de Gestão da Intervenção Operacional PRAXIS XXI foi a estrutura de missão responsável pela gestão técnica, administrativa e financeira do Subprograma Ciência e Tecnologia (PRAXIS XXI), tendo funcionado entre 1994 e 1999/2000.

Arquivo da Fundação para a Ciência e a Tecnologia

Um fundo que continua a crescer é o da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), instituição em atividade desde 1997. Uma parte significativa deste fundo reporta-se a processos de financiamento de projetos, de bolsas, de unidades de investigação e de equipamento científico. Contêm, também, documentação relativa à implementação de políticas e estratégias científicas em Portugal e à cooperação internacional na área da ciência e tecnologia.
A FCT foi criada em 1997, no âmbito de uma reestruturação do Ministério da Ciência e Tecnologia, sendo uma das sucessoras da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica.

 

Arquivo do Instituto de Cooperação Científica e Tecnológica Internacional

A cooperação científica e tecnológica internacional entre os finais dos anos 90 e o início do milénio encontra-se documentada no Arquivo do Instituto de Cooperação Científica e Tecnológica Internacional (ICCTI). Uma parte significativa da documentação inclui processos de cooperação bilateral resultantes de protocolos de colaboração e de acordos científicos com entidades congéneres e processos de cooperação multilateral, resultantes da participação ou representação nacional em redes e instituições internacionais.
O ICCTI foi a instituição pública responsável por dirigir, orientar e coordenar as ações de cooperação internacional no domínio da ciência e da tecnologia, após a extinção da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica, de 1998 até 2003. Depois da extinção do ICCTI, o seu arquivo transitou para o Gabinete de Relações Internacionais da Ciência e do Ensino Superior (GRICES). Em 2007, na sequência da extinção do GRICES, e da passagem de uma parte das suas atribuições para a FCT, assistiu-se à transferência dos arquivos do ICCTI para a Fundação.

Arquivo do Gabinete de Relações Internacionais da Ciência e do Ensino Superior

No que respeita ao Arquivo do Gabinete de Relações Internacionais da Ciência e do Ensino Superior (GRICES) é de referir que a Fundação para a Ciência e a Tecnologia herdou apenas uma parte deste arquivo, nomeadamente a que se reporta à cooperação científica e tecnológica internacional: processos de cooperação bilateral resultantes de protocolos de colaboração e de acordos científicos e culturais com outras entidades congéneres e processos de cooperação multilateral, resultantes da participação ou representação nacional em redes e instituições internacionais.
O Gabinete de Relações Internacionais da Ciência e do Ensino Superior (GRICES) foi criado em 2003, na dependência do Ministério da Ciência e do Ensino Superior. Tinha por missão o planeamento, a coordenação e o apoio técnico nas áreas dos assuntos comunitários e das relações internacionais nos domínios da ciência, da tecnologia e do ensino superior. O GRICES absorveu as funções quer do Instituto de Cooperação Científica e Tecnológica Internacional, quer do Gabinete dos Assuntos Europeus e Relações Internacionais do Ministério da Educação, então extintos. A transferência de uma parte do arquivo do GRICES para a Fundação para a Ciência e a Tecnologia aconteceu em 2007, aquando da extinção do GRICES e de uma parte das suas atribuições terem sido integradas na FCT.

Arquivo da UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento

A UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP foi a entidade pública responsável pela coordenação das políticas para a sociedade da informação. Exerceu funções entre 2005 e 2012, tendo sucedido à Unidade de Missão Inovação e Conhecimento.
O Arquivo da UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento foi integrado no Arquivo de Ciência e Tecnologia da FCT, na sequência da extinção da UMIC e transferência de uma parte das suas atribuições para a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, em 2012.

Arquivo Diário de Lisboa Vida Científica Ciência

O arquivo respeitante à página científica do Diário de Lisboa, publicada às terças feiras entre 1965 e 1969, primeiro com a designação de Vida Científica e mais tarde, simplesmente, Ciência, caracteriza-se por ser um conjunto documental, na sua maioria composto por correspondência, assim como por um conjunto de artigos e anotações, que não chegaram a ser publicados. Pela sua relevância, numa época em que não se falava de temas de ciência, este pequeno espólio reveste-se da maior importância devido ao seu contexto histórico, pois correspondeu à primeira publicação periódica de temas de ciência em Portugal.

O espólio foi doado ao Arquivo de Ciência e Tecnologia pela Dra. Beatriz Ruivo, uma das fundadoras da página, e por Leonor Areal, em representação de Elsa Anahory, também fundadora da página.

A documentação foi descrita de acordo com a organização original, criando-se duas séries documentais, uma relativa à correspondência e outra referente a artigos e outra documentação de apoio. Foram descritos os documentos simples e compostos, assim como disponibilizadas as suas imagens

Arquivo José Mariano Rebelo Pires Gago

Organizado pelo próprio no âmbito da sua atividade profissional e política – presidente da JNICT, ministro, professor – revela mais de 30 anos de contributo para a história da Ciência e da política científica. Parte da documentação foi doada pelo próprio ao ACT, aquando da sua inauguração em 2011, e a restante pela família em 2018.

Arquivo José Francisco David Ferreira

Inclui documentação arquivística e bibliográfica produzida e acumulada pelo Professor José Francisco David Ferreira (1929-2013), enquanto investigador e docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. O arquivo foi doado à FCT pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, em Maio de 2013.

Arquivo Augusto Pires Celestino da Costa

O Arquivo de Augusto Pires Celestino da Costa foi integrado no Arquivo de Ciência e Tecnologia da FCT, em 2013, com o arquivo de José Francisco David Ferreira. É constituído sobretudo por documentos científicos, provas preparatórias de artigos, apontamentos, planos de estudo e lições, incluindo ainda correspondência, desenhos e fotografias, recortes de imprensa, discursos e relatórios. Reúne 270 ficheiros dos quais 168 podem ser consultados em linha.

Arquivo José Caetano Pinto Mendes Mourão

O Arquivo Mendes Mourão foi integrado no Arquivo de Ciência e Tecnologia em 2014. O conjunto de documentação doado à FCT é constituído por trabalhos assinados pelo próprio, na sua área de formação e enquanto docente, por textos sobre o Sistema Científico Nacional, documentos sobre políticas de ciência e tecnologia e vários discursos de Mendes Mourão. O período cronológico corresponde aos anos em que José Mendes Mourão foi presidente da JNICT (1979-1985) e Secretário de Estado da Ciência (1979-1980).

Arquivo Luís Ernani Dias Amado

O Arquivo de Luís Ernani Dias Amado foi integrado no Arquivo de Ciência e Tecnologia da FCT, em 2013, na sequência de um acordo estabelecido com a filha do produtor, Luísa Irene Dias Amado. É um fundo ecléctico que inclui documentação académica e científica, provas de artigos, apontamentos, bem como correspondência, desenhos e fotografias, recortes de imprensa e outros documentos de carácter político e cultural. O acervo é constituído por 45 itens de arquivo – documentos simples e compostos que podem ser consultados em linha.

Arquivo Fernando Roldão Dias Agudo

O Arquivo de Fernando Roldão Dias Agudo foi incorporado no Arquivo de Ciência e Tecnologia da FCT, em 2017, por doação do produtor. É um Fundo de pequena dimensão, constituído por 78 registos de arquivo, maioritariamente documentos compostos, distribuídos por duas séries complementares: uma relacionada com a presidência da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica que Dias Agudo exerceu entre 1974 e 1976, outra, relativa ao desempenho do mesmo cargo no Instituto Nacional de Investigação Científica, entre 1980 e 1983.
Dada a relevância historiográfica deste conjunto documental, entendeu-se proceder à edição digital de cerca de 420 documentos que se disponibilizam para consulta pública.

Arquivo José de Melo Torres Campos

O Fundo José de Melo Torres Campos foi organizado pelo próprio no âmbito da sua atividade profissional, nos cargos públicos que ocupou relacionados com a produção industrial portuguesa, sobretudo nas décadas de 70 e 80 do século XX. A documentação que o constitui é representativa, não só das funções que desempenhou enquanto Diretor Geral dos Serviços Industriais, Diretor do Instituto Nacional de Investigação Industrial e Presidente do Conselho de Gerência da CIMPOR, mas também da situação da indústria portuguesa antes da Revolução de 25 de Abril e dos objetivos estabelecidos no período pós-revolucionário.

Em 2004/2005 o espólio foi doado por José de Melo Torres Campos à Professora Doutora Maria Fernanda Rollo (NOVA FCSH) que, em 2019, o doou ao Arquivo de Ciência e Tecnologia (FCT/ACT) para tratamento e difusão.


Acesso ao arquivo

A documentação é disponibilizada ao abrigo do diploma que define o regime geral dos arquivos e do património arquivístico (Decreto-Lei nº 16/93, de 23 de janeiro; alteração: Lei nº 14/94, de 11 de maio). A documentação recente é disponibilizada segundo o direito de acesso aos documentos administrativos (Lei nº 26/2016, de 22 de agosto).

Documentos que contenham dados pessoais não são disponibilizados, segundo a Lei da Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 67/98, de 26 de outubro). Apenas se disponibilizam dados pessoais desde que tenham decorrido 30 anos sobre a data de morte das pessoas a que respeitam os documentos ou, não sendo esta data conhecida, desde que tenham decorrido 40 anos sobre a data dos documentos (Art.º 17, nº 2 do Decreto-Lei nº 16/93, de 23 de Janeiro, Regime geral dos arquivos e do património arquivístico alterado pelo artigo 44º da Lei nº26/2016, de 22 de agosto.

Em caso de reutilização da informação arquivística, esta deve ser feita ao abrigo da Lei n.º 26/2016, de 22 de agosto, que regula o acesso à informação administrativa e ambiental e a reutilização dos documentos administrativos.

O Arquivo de Ciência e Tecnologia cumpre o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD). A reutilização da informação arquivística consultada deve respeitar os fins declarados no presente formulário e qualquer reutilização será da responsabilidade do requerente.

 

Pesquisa no inventário.

 

abril de 2024(última atualização)